TEXTO ARGUMENTATIVO




TEXTO PROPOSTO

MASSA NIVELADORA X CHAPISCO E REBOCO

Construtora reduz 59% do custo e quadruplica produtividade do revestimento do teto ao trocar argamassa por massa niveladora sintética.

    Com dez tores de nove pavimentos cada, o residencial Nautilus Home Club está sendo construído à beira-mar na cidade de Penha, em Santa Catarina.
    Os apartamentos têm de dois a quatro dormitórios e a área total das unidades varia entre 104 m² e 223 m². Para o revestimento dos tetos, a construtora Rôgga, responsável pelo empreendimento, trocou o tradicional chapisco e reboco em argamassa por massa niveladora sintética, reduzindo o custo por metro quadrado do serviço de R$ 16 para R$ 6,49.
    O principal ganho ficou por conta do aumento de produtividade. No caso do chapisco e reboco, a produção diária ficaria entre 20 m² a 25 m² por operário. Com a massa niveladora, este índice sobe para 90 m² diários por profissional. O reflexo aparece também no custo da mãe de obra: R$ 12/m² no revestimento com argamassa contra R$ 3/m² com a massa niveladora é aplicada numa camada única e elimina o tempo de cura entre a execução do chapisco e do reboco.
    O diretor técnico da Rôgga, Carlos Rebollo, acrescenta que a argamassa geraria mais resíduos, os que poderia prejudicar os pisos. “Nós trabalhamos com laje zero, não usamos contrapiso. Quando o funcionário aplica chapisco no teto, cai muita argamassa no chão, a argamassa seca e atrapalha a execução do piso”, explica o engenheiro.
    A logística também pesou a favor da massa niveladora. Enquanto a argamassa precisaria ser preparada no térreo e transportada no elevador de obra diariamente, a massa niveladora chega na obra pronta para aplicação. As barricas de massa são então distribuídas pelos andares do prédio uma única vez, nas quantidades certas para cada apartamento.

ACABAMENTO À PROVA

    Rebollo ressalta, no entanto, que este sistema exige dois cuidados fundamentais. Em primeiro lugar, ao contrário do reboco, a massa niveladora não consegue corrigir grandes deformidades ou imperfeições da concretagem da laje. Por isso, é fundamental que a superfície esteja bem nivelada. Para conseguir um bom acabamento nos tetos, a construtora usou fôrmas de compensado plastificado e, após desenformar as lajes, aparou as rebarbas de concreto antes de aplicar o revestimento.
    Além disso, é importante garantir que as unidades estejam completamente isoladas da água da chuva, que pode descer, por exemplo, pelos shafts  da tubulação. “Fazemos o possível para começar a aplicar a massa apenas depois que a cobertura da torre  está terminada”, diz Rebollo. A presença de umidade pode causar o descolamento da massa niveladora. No restante, segundo o engenheiro, o sistema apresenta bom desempenho e tem sido aplicado também nas demais obras da empresa.



REVISTA: GUIA DA CONSTRUÇÃO
Nº 122 – SETEMBRO 2011


ARGUMENTAÇÃO



MASSA NIVELADORA X CHAPISCO E REBOCO



Este comparativo sobre massa niveladora versus o tradicional método chapisco e reboco, feito pela construtora “Rogga S. A. Construtora e Incorporadora”, mostra que a massa niveladora é muito eficiente e realmente tem à economia de material e uma redução de tempo de trabalho muito impressionante com o uso desse material, o que na construção civil é o mesmo que ganhar na loteria.
Com certeza, os resultados informados são favoráveis para a massa niveladora tanto na questão do cronograma, logística e financeira, se comparados com a aplicação de chapisco e reboco.
A massa niveladora sintética pode ser melhor que a massa a base de gesso, mas os dois materiais ainda encontram muitas patologias devido à umidade.
As pessoas que lêem essa reportagem podem se mostrar impressionadas com os números. Mas nem tudo que é rápido e barato é bom.
No rodapé da página a escritora faz a seguinte observação: “O sistema apontado como o mais competitivo pode mostra-se inviável em obras com outras características e dimensões.”, ou seja, isso mostra que o lucro de 59% com a aplicação desse material pode não ser o mesmo se as características e dimensões da edificação não forem as mesmas.
Pesquisando e posteriormente conversando com um engenheiro (Osmair de Campos) com experiência de mais de 45 (quarenta e cinco) anos no mercado de trabalho, obtive a resposta: “CUIDADO, à primeira vista pode ser tudo lindo e maravilhoso, mas só com o passar do tempo você constatará se o material terá ou não maior resistência do que o método tradicional (argamassa de cimento, cal e areia)”.
(...)
Nos resultados apresentados apenas se mostram os ganhos da construtora, entretanto, será que os proprietários terão os mesmos ganhos? E quem comprou os imóveis, está pagarão para ter a aplicação de massa niveladora ou chapisco e reboco?
Entrei em contato com a revista através do e-mail “construção@pini.com.br, todavia não obtive resposta até a presente data.
A verdade é uma só: com o grande crescimento da construção civil as pessoas ficam deslumbradas ao adquirirem seus empreendimentos, nessa euforia não fazem uma inspeção no imóvel com um profissional qualificado ou o fazem com um profissional da própria construtora, que está ali na maioria das vezes, para esconder os erros da empresa; com tudo isso as pessoas podem acabar levando “gato por lebre”.
Devem se tomar alguns cuidados ao receber o seu empreendimento como: conferir o nivelamento das paredes e teto, verificar o revestimento da parede e piso, sistema elétrico e o mais importante e que tem mais ocorrência de problemas, o sistema hidráulico.
Conversando uma profissional que trabalha na área de entrega de apartamentos de uma das três maiores empresas do Brasil no segmento imobiliário, me disse: “Fábio, as construtoras só estão interessadas nos lucros; poucos profissionais envolvidos se importam realmente com o que o próximo vai receber”.
Infelizmente esta é a nossa realidade, pessoas que só querem ganhar, ganhar e ganhar não importa a que custo.


/:-)                                         por: Fábio Teixeira Louro

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